Naquela ocasião, um dos ladrões crucificados captou a mensagem. Ao compreender o desenrolar daquela cena, ele vira-se para Jesus e faz o seguinte pedido: “Lembra-te de mim quando vieres no Teu Reino”. Ele havia visto algo de eterno naquele Homem que sofreu nobremente (Lc 23:40-42). A vida de Jesus foi marcada pela compaixão e pela transparência moral, por isso essas qualidades foram patentemente reveladas na cruz, podendo ser observadas até por um condenado da justiça em seus últimos momentos de vida.

Aquele ladrão que estava morrendo ao lado de Jesus, havia ouvido rumores de um reino eterno do Messias. Mas agora isso parecia muito real aos seus olhos. Ele creu que Jesus não seria aniquilado na morte, mas sim que estava indo para o seu reino eterno. Então, das trevas ele clamou e Jesus lhe respondeu dizendo: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23:43). Naquele momento Jesus o transportou do tempo para a eternidade. Nisto notamos a promessa da absoluta segurança de Deus no fato de receber em Seus braços o primeiro candidato indigno.

A Páscoa é um evento central na vida da Igreja. Não há nada mais importante para um cristão do que a morte sacrifical e a ressurreição corpórea de Jesus Cristo, o Filho de Deus! Sem estes eventos históricos a fé cristã é sem valor. Como o Apóstolo Paulo nos diz: “… se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé” (1 Co 15:14).

Portanto, deixemos que a celebração da Páscoa seja uma ocasião de completa confissão e restauração ao lembrarmo-nos do sacrifício do Senhor e celebrar Sua vitória sobre o pecado e a morte. Estejamos em paz e regozijemos com as confortantes palavras do salmista: “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no Senhor, a misericórdia o assistirá. Alegrai-vos no Senhor e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração (Sl 32:10-11).