Chamado à pureza

NELSON SALVIANO

Quando lemos as Escrituras, percebemos que Deus está, constantemente, combatendo a impureza e reafirmando a necessidade da santificação de Seu povo. Ele mesmo fez a provisão para que a nossa santificação fosse possível, pois está escrito: Cristo se tornou para nós Sabedoria, Justiça, Santificação e Redenção. (1 Co 1:30). E Ele nos dá o permanente desafio de (…) desenvolver a nossa salvação com temor e tremor. (Fp 2:12). Isto quer dizer que a realidade espiritual da nova vida, produzida pelo nosso relacionamento com Deus, deve resultar na retidão interna refletida, pela expressão externa. Portanto, aquilo que Cristo se tornou em nós deve ser desenvolvido, a ponto de se tornar uma realidade neste mundo corrompido. Assim, quando traduzimos os dons de Cristo em nossa vida diária, temos uma arma poderosa nas mãos, porque o que irá falar alto é nossa conduta diária e, para isto, nossas palavras e nossas ações terão que caminhar juntas (Tt 2:11-14; 2 Tm 2:21; Sl 24:4; Sl 51:10; Tg 2:12). 

Se levarmos a sério o trabalho de Deus e a Sua Palavra, haverá uma mudança tremenda em nossas vidas, porque (…) se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. (2 Co 5:17). Quando lidamos com a santidade, quando encaramos uma vida de pureza, temos o incentivo do Senhor Jesus, que nos diz: Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus (Mt 5:8).

Após visitar inúmeras igrejas, tenho percebido que há três dardos inflamados que o maligno continua lançando, com muita eficácia, contra a Igreja: a impureza, o materialismo e o orgulho. Quando Satanás tentou Eva, no Jardim do Éden, usou estes dardos: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e o orgulho da vida. Ao tentar Jesus, usou estas mesmas armas. Nas epístolas do Novo Testamento e na história do Cristianismo, estas artimanhas malignas se repetem. Então, cheguei à conclusão de que, embora os métodos de Satanás não sejam muito criativos, são eficientes. Por isto Deus exige de Seu povo a pureza (2 Co 7:1; Rm 13:11-14). Eu gostaria de enfatizar três áreas em que Deus quer que sejamos puros:


Pureza nas atitudes.

A Bíblia recomenda-nos que tenhamos (…) o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus. (Fp 2:14). Em outras palavras: cumpre-nos ter humildade de coração e mansidão. Muitas vezes, agimos erradamente com murmuração e contenda. Murmuramos contra o Governo, contra a liderança da Igreja, contra nossos pais, contra os patrões, contra a situação financeira, contra as coisas e as pessoas que nos cercam etc. A Bíblia diz que a nossa atitude deve ser pura (…) para que nos tornemos irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandecemos como luzeiros no mundo. Fp 2:15. Então, quando captamos um pouco mais da mente de Cristo, nossas atitudes se tornam puras e passamos a refletir o brilho de Sua glória (1 Co 2:16; Ml 4:2; Pv 4:18; Mt 13:43; Rm 15:5 e 6).

 

Atitude correta para com os irmãos. 

Paulo declara: Aliás, é justo que eu tenha essa atitude com todos vocês, porque os trago no coração, seja nas minhas algemas, seja na defesa e confirmação do Evangelho, pois todos vocês são participantes da graça comigo. (Fp 1:7). O que eu vejo nesta passagem é a necessidade de um relacionamento puro e transparente com nossos irmãos e irmãs em Cristo. Algumas daquelas pessoas estavam acusando e maldizendo o Apóstolo Paulo; mesmo assim sua atitude para com elas era pura. Por isso, ele deixou um testemunho poderoso diante de Deus. Que tipo de atitude temos com os outros obreiros de Deus ou com outras agências missionárias ou com outras igrejas ou denominações? Precisamos examinar os nossos corações para ter a atitude certa. Veja alguns exemplos: amar a justiça e odiar o mal (Hb 1:9; Tg 4:8 e Rm 12:9), praticar o amor fraternal genuíno (1 Pd 1:22 e 1 Ts 4:9), dar preferência uns aos outros em honra (Hb 10:24; Rm 12:10; Rm 13:7; Rm 14; Rm 15:2 e Ef 5:21), não fazer acepção de pessoas (Tg 2:1-9), manter a paz com todos (Rm 12:18 e Ef 4:3), praticar a hospitalidade (Rm 12:13; Hb 13:2 e 1 Pd 4:9), suprir as necessidades dos outros (Rm 12:13 e 20; 1 Co 10:24 e 2 Co 9:7), vencer o mal com o bem (Rm 12:14, 15, 17 e 21; Rm 13:10), falar a verdade (Ef 4:25 e Cl 3:9) etc.

 

Atitude correta consigo mesmo. 

O Senhor Jesus disse aos discípulos que iria para Jerusalém, onde morreria pendurado numa cruz e que, no terceiro dia, ressuscitaria. Então Pedro, que acabara de declarar a Jesus: Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo (Mt 16:16), não aguentando o que ouviu, veio a Jesus e começou a reprová-Lo, dizendo: Tem compaixão de Ti, Senhor; isso de modo algum acontecerá. Mt 16:22. Mas Jesus, repreendendo-lhe a atitude, lhe disse: Arreda, Satanás! tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e, sim das dos homens. (Mt 16:23). Pedro, que admitia Jesus como Deus, Criador, que sustenta todas as coisas, não entendia o ministério de Jesus, Sua encarnação, morte, sepultamento e ressurreição. Será que temos hoje esta atitude de Pedro? Alguma coisa não está andando como deveria; então temos dó de nós mesmos: “Ah! coitadinho de mim!” Andamos cabisbaixos de um lado para outro, com uma face longa e triste, como se, em nossa testa, estivesse escrito com letras grandes: TENHAM PENA DE MIM! Isto é uma filosofia de vida que muitos aceitam para si; no entanto, isto não provém de Deus. O princípio do mundo é “Tenha dó de você mesmo”. Mas o princípio que o Senhor Jesus Cristo trouxe ao mundo foi “Negue-se a si mesmo” (Mt 16:24). Deus libertou os israelitas do Egito e supriu todas as suas necessidades; no entanto, repetidas vezes, no deserto, eles reagiram negativamente, tiveram pena de si mesmos e pediram a Moisés que os levasse de volta, porque queriam comer a comida do Egito e continuar debaixo da escravidão (Ex 14:11 e 12; Ex 16:3 e Ex 17:3). Então, Deus disse que todos os que murmuraram contra Ele, que tinham mais de vinte anos de idade, não entrariam na Terra Prometida, exceto Josué e Calebe (Nm 14:29 e 30). E o Novo Testamento recomenda: Nem murmureis como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador. (1 Co 10:10).

Para alguns cristãos, às vezes, os problemas parecem gigantes e Deus se parece com um anão. Muitos têm a atitude errônea com o nosso Deus, dizendo que Ele está morto, que é fraco e não pode fazer nada nem tem sabedoria nem conhece as nossas necessidades. Então, passam a ter uma atitude de autocomiseração. No entanto, Deus quer operar em cada um de nós, para que tenhamos atitudes corretas para com nós mesmos. Por exemplo: crer que tudo é possível para Deus (Fp 4:13), viver sem presunção (Gl 6:3 e 14; Pv 3:7), ser humilde (Fp 2:3; Tg 4:6), ter sobriedade (Rm 13:13 e 14; Rm 14:21; Tt 2:12 e 1 Pd 4:7), não exaltar a si mesmo (Gl 5:25 e 26; 2 Co 3:5 e Rm 12:16), estar contente e ser agradecido (Fp 4:11 e 12; 1 Tm 6:7 e 8 e Hb 13:5), confiar na sabedoria de Deus em dirigir bem as nossas vidas (Rm 8:28).


Pureza na obediência.
No Evangelho de Lucas, lemos a respeito de Zacarias e de Isabel: Ambos eram justos diante de Deus, vivendo irrepreensivelmente em todos os preceitos e mandamentos do Senhor. (Lc 1:6). Percebemos, então, como o fato de serem irrepreensíveis estava ligado com os mandamentos de Deus — faziam o que Deus lhes ordenava. Isto é o que quero enfatizar: o que Deus disser que façamos devemos fazer sem discutir nem razoar. No entanto, muitas vezes, nós espiritualizamo-lo ou racionalizamo-lo ou desprezamo-lo, mas não lhe obedecemos. Por exemplo, a Bíblia diz: Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara. (Lc 10:2). Como é que você faz esta oração? Será que é assim: “Senhor, envie os americanos ou os ingleses ou os suíços!” Mas você não imagina que Deus gostaria de enviá-lo? É claro que sim! Todavia, alguns cristãos interpretam a Bíblia de uma forma própria e chegam à conclusão de que a Palavra de Deus é para todo o mundo, menos para eles.

Na Inglaterra, o rei e a rainha são superiores a todos, mas, quando uma decisão tem que ser tomada, eles não interferem em nada. É o Primeiro Ministro quem toma as decisões. O rei e a rainha existem apenas como um orgulho nacional, como o hino ou a bandeira nacional. Às vezes, agimos da mesma forma com nosso Rei Jesus. Pregamo-Lo e cantamos-Lhe como nosso Rei; contudo, quando precisamos tomar uma grande decisão, não é o Rei Jesus quem consultamos, e sim, o primeiro-ministro ego; é ele quem tem o poder de fato. Então, pergunta-se depois: “Por que não há realidade espiritual em minha vida? Eu não sei onde está a vida abundante a que a Bíblia se refere. Não sei por que nada dá certo comigo” etc. Para algumas pessoas, às vezes, parece que o Céu se torna uma parede de bronze, a qual as orações não conseguem ultrapassar. A Palavra de Deus se torna um livro enfadonho a ponto de, um dia, ser esquecida numa prateleira e ajuntar pó. Deixe-me fazer-lhe uma pergunta: Você tem um tempo com o Senhor, diariamente, para ler a Bíblia, orar, ouvir e obedecer ao que Ele quer comunicar-lhe? Muitos não têm levado as Escrituras a sério nem têm feito as coisas à maneira de Deus e sim à maneira do homem. Moisés era um homem que obedecia; por isso, Deus lhe deu a tarefa de construir um tabernáculo. Ao lermos os cinco últimos capítulos de Êxodo, que tratam sobre o tabernáculo de Deus, encontramos, constantemente, as expressões: Construa segundo eu lhe ordenei; fazendo segundo Eu lhe ordenei; obedeça-me. Hoje, da mesma forma, estamos construindo um templo neotestamentário, feito de pedras vivas do mundo inteiro, tiradas de uma pedreira chamada Terra (2 Pd 2:4 e 5). E o método que devemos usar para isso é a oração — o que, muitas vezes, menos fazemos. Cada grande movimento de Deus iniciou-se com oração; Moisés liderou o povo através da oração; os profetas eram homens de oração; a Igreja Primitiva orava. Alguns de nós, porém, confiam em seus próprios métodos e nas suas organizações; por isso, não é de espantar que estão sempre envolvidos com muitos problemas. Precisamos de pureza em nossa obediência para colocar a Palavra de Deus em prática em nossas vidas.

Certa vez, um pastor americano, falando a líderes cristãos, disse que há um declínio moral entre os obreiros, um espírito de profissionalismo no pastorado e um tremendo analfabetismo bíblico entre os líderes. Ele estava falando a homens que tinham doutorado ou mestrado em Teologia e muitos outros diplomas, alguns conheciam o grego e o hebraico. Mesmo assim, ele estava dizendo que havia um analfabetismo bíblico entre eles. O que ele queria dizer? Ele estava dizendo que não obedecer à Palavra de Deus significa não conhecê-la (Mt 7:24 e Tg 1:22).

A obediência a Deus é o segredo e o preço do êxito na vida cristã e, para exercê-la de forma pura, é preciso que ela seja voluntária (Sl 18:44), sem reservas (Js 22:2 e 3; Mt 7:21), sem desvios (Dt 28:14), constante (Fp 2:12), de todo o coração (Dt 11:13; Dt 26:16 e Rm 6:17).


Pureza na vida moral

O Apóstolo Paulo afirma: Pois esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo, em santificação e honra, não com desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus, (…) porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim, em santificação. (1Ts 4:3-5,7). Paulo estava escrevendo para corrigir o problema da imoralidade na Igreja e o fato de os líderes não estarem disciplinando as pessoas. No entanto, isto se repete hoje na Igreja, em muitas partes do mundo e, sem dúvida, entristece o coração de Deus. O que isto faz para a causa de Cristo? A triste realidade é que, no mínimo, impede a atuação do Espírito Santo entre o povo de Deus.

Os nossos valores são diferentes dos do mundo. Deus quer pureza, santidade, homens e mulheres santas. Isto, porém, não é fácil; é uma batalha que temos de travar diariamente. Mas a vitória já é nossa em Cristo Jesus (Rm 8:37 e Rm 16:20; 1 Co 15:57; 2 Co 2:14; 1 Jo 5:4 e Ap 12:11). Basta termos as atitudes corretas, uns com os outros, sermos obedientes a Deus. Então, poderemos ter pureza em nossa vida moral. Não há nada de errado com o sexo, pois foi criado por Deus. O sexo é honroso, mas existe um limite que Deus estabeleceu: o casamento (Hb 13:4; 1 Co 7:9 e 28). Todavia, na tentativa de anular o matrimônio como uma instituição divina, todo o padrão do mundo tem decaído.

Isto pode acontecer até com os mais idosos. Percebemos que o rei Davi, quando cometeu pecado de adultério com Batseba, não era jovem; de fato ele já era avô (2 Sm 11 e 12). Ele pecou e tentou encobrir o que havia feito, pensando que ninguém descobriria. Deus, no entanto, viu o seu ato e esse (…) foi mal aos olhos do Senhor. (11:27). Então, Deus enviou o profeta Natã para confrontá-lo. Davi era o rei de Israel; por isso, poderia ter mandado cortar a cabeça do profeta, mas, ao contrário, disse: Pequei contra Deus (12:13). Ele não disse que havia pecado contra Batseba. Davi se humilhou, arrependeu-se do que havia feito e Deus o perdoou. Ele, porém, teve que sofrer as consequências de seu pecado. Estudando-se a vida de Davi, percebe-se que, daquele ponto em diante, a espada entrou em sua casa e nunca mais saiu (2 Sm 12:10). Assim, Davi ficou conhecido como um homem sanguinário, um homem de guerras.

Precisamos aprender com estes relatos bíblicos. Eles foram escritos para nos ensinar sobre a vida cristã: o que fazer e como agir. Deus nos chama para uma vida de santificação, para podermos brilhar por Jesus; assim, o mundo conhecerá que somos diferentes, não tanto pelo que falamos, e sim, pela maneira como vivemos. A Bíblia nos ensina que temos três inimigos — o mundo, a carne e o diabo — e que há três maneiras de lutar contra eles. O problema é que fazemos uma tremenda confusão na hora de enfrentarmos diferentes situações. Porque pela maneira que devemos lutar contra o diabo, lutamos contra a carne. Por outro lado, tentamos lutar contra a carne da maneira que deveríamos lutar contra o mundo. Isto não funciona! Como devemos encarar o mundo? Paulo disse: (…) não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente. (Rm 12:2). Isto significa separar-nos das práticas do mundo, que são contrárias à santidade de Deus, mediante a renovação da mente pela oração e pela Palavra de Deus, permitindo que ela se torne nossos pensamentos. Como lutamos contra o diabo? Tiago nos dá a seguinte admoestação: (…) resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. (Tg 4:7 cf 1 Pd 5:8 e 9). Em outras palavras: continue fazendo o que agrada a Deus, mesmo debaixo de perseguições levantadas pelo inimigo. Como lutamos contra a carne? Timóteo nos adverte, dizendo: Foge das paixões da mocidade (…). (2 Tm 2:22 cf 1 Co 6:18 e 1 Tm 6:11). Então, quando estivermos diante de uma tentação, teremos que fugir, como o fez José do Egito (Gn 39:7-12). Muitos cristãos, porém, querendo demonstrar a si mesmos que são fortes, dizem: “Esta tentação não tem poder sobre mim! Eu vou ficar aqui e resisti-la”. Mas não é assim que se luta contra a carne. Esta é a maneira de lutar contra Satanás. Então, muitos não usam as estratégias corretas e tornam-se presas fáceis para o inimigo.

Quero concluir, dando algumas sugestões práticas para perseverarmos numa vida de pureza.

Não-conformismo e busca da verdade. — Se você cedeu à tentação e pecou, precisa enfrentar este fato. Confesse-o, arrependa-se e Jesus o purificará com o Seu sangue (1 Jo 1:9). Isto é algo poderoso! A Bíblia nos ensina a continuar caminhando sem cair: De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o conforme a Tua Palavra. (Sl 119:9). Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade. (Jo 17:17). A leitura bíblica diária, acompanhada pela oração, é uma arma forte contra o pecado: Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra ti. (Sl 119:11 cf Jo 5:39; Mt 22:29; Sl 119:97-105; Mt 21:22; Rm 12:12 e Cl 4:2).

Comunhão cristã. — Necessitamos uns dos outros. Eu tenho percebido que acontece uma grande ajuda quando posso compartilhar minhas lutas com outros irmãos e pedir-lhes que orem por mim. Precisamos desta comunhão uns dos outros, para meditarmos na Palavra de Deus e para nos admoestarmos e exortarmos mutuamente (Rm 12:10-16 e Rm 15:14).

Serviço consciente. — Temos que nos manter ativos na obra de Deus. Existe um adágio popular que diz: “Mente vazia é oficina do diabo.” Por isso, não quero que a minha mente nem as minhas mãos estejam vazias; quero estar sempre ativo no trabalho do Senhor (1 Co 15:58). Há tanto para ser feito, um mundo para ser alcançado, e temos que espalhar o Reino de Deus. Isto é um privilégio!

Bom senso e precaução. — Devemos ser criteriosos em nosso comportamento, fugindo de toda aparência do mal (1 Ts 5:22) e evitando determinadas práticas, situações ou relacionamentos que, de antemão, julgamos condenáveis. Outro cuidado que podemos ter é, quando em viagem, procurar sempre a companhia de cristãos. Caso isto não seja possível e um desconhecido se assente a seu lado, é sempre bom identificar-se como cristão, logo de imediato, antes que você se envolva em assuntos desagradáveis. Isto pode ser feito com gestos simples, como: ler a Bíblia ou um livro evangélico ou um folheto durante a viagem, ou, ainda, comunicar-lhe, verbalmente, a sua fé.

Se vamos alcançar este mundo com as Boas-Novas e, um dia, morar eternamente com o Senhor Jesus, o preço a pagar será uma vida de santidade: Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. (Hb 12:14). Para tanto, teremos que desenvolver uma atitude pura para com os outros e para com nós mesmos, obedecer a Deus sobre todas as coisas e manter pureza na vida moral.

Nelson Salviano

É ministro do Evangelho, bacharel em Teologia, mestre em Missões e Estudos Transculturais pelo All Nations Christian College (Inglaterra). Especialização em Pregação Expositiva pelo Cornhill Training Center (Londres) e Stephen Olford Centre for Expository Preaching (Memphis, TN, USA).

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